Precisei do Banco para Valorizar meu Chamado

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Continuação…

Naquele mesmo dia pensei comigo mesma “Vou tentar buscar o Deus que o pastor tanto fala e essa felicidade que vejo estampada nos rostos dos obreiros da igreja, inclusive dos meus pais. Se não funcionar eu me entrego de vez pra morte.”

Depois daquele dia eu comecei a me dedicar mais na igreja, mas não apenas no fazer e sim no compreender, eu comecei a ver o fato de lavar um banheiro ou limpar os bancos da igreja não como uma obrigação ou algo que alguém tinha que fazer e sim como uma oferta, eu ia para o Pré-Adolescente e não fingia apenas que sabia, não respondia o que me era perguntando porque eu li na bíblia, mas eu meditava naquilo, eu comecei a trazer tudo que eu lia na Biblia para a minha vida, eu abri minha mente para entender a real razão de tudo que até então eu fazia na igreja por obrigação.

Decidi me batizar nas aguas e me entregar total para Deus, eu já não vivia andando com más companhias, sabia a hora certa de falar, comecei a ser uma filha mais ativa em casa, eu mudei mas ainda faltava algo e eu comecei a buscar com todas as forças o Espirito Santo, eu fazia tudo em dobro rs minhas orações dobraram, eu ia uma hora mais cedo pra igreja pra limpar os bancos, passar pano na igreja, fazia jejum de palavras no domingo de manhã, jejuava 2 ou 3 vezes na semana e quarta eu ia toda linda para a igreja, na época não sabia me arrumar direito rs mas ia com a melhor roupa porque receber o Espirito Santo tinha que ser um momento especial. Depois de quatro meses que me batizei nas aguas eu fui batizada com o Espirito Santo, no dia do aniversário da Igreja e foi a melhor coisa que me aconteceu.

Eu fui outra pessoa depois daquele dia, tudo mudou completamente, o meu interior estava completo e eu continuei fazendo mais ainda as coisas na igreja, eu tinha prazer em estar na igreja, eu não era obreira mas eu me esforçava ao máximo pra ganhar almas, eu evangelizava na porta da igreja, limpava os banheiros, passava pano na igreja sozinha as vezes, eu não queria mais nada apenas estar ali e fazer a vontade de Deus.

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Depois de sete meses em um domingo em que estava conversando com a líder do Pré-Adolescente, o pastor me chamou e disse que ele iria me entrevistar para ser obreira, na hora eu fiquei tão pasma porque eu não esperava aquilo, eu não esperava que seria levantada obreira tão rápido e com apenas quatorze anos, mas eu fui levantada e procurava continuar fazendo tudo que eu sempre fazia, naquela época não tinha obreiras na minha idade era todas mais velhas e eu precisava aprender com elas. Depois de um ano como obreira aconteceu a MAIOR DESGRAÇA QUE PODERIA ACONTECER, eu estava estudando a noite e conheci um garoto na escola, e no começo eu evitava ele porque sabia o mal que me fazia, mas o diabo sabe como nos encantar e esse garoto sempre perguntava de mim para as garotas que ficavam mais perto de mim e eu comecei a vacilar, comecei a conversar com ele, quando eu vi eu já não estava mais tão acessa na igreja, eu ia para igreja mas ficava pensando nesse garoto, não me concentrava em nada mais e um certo dia eu acabei “ficando” com esse garoto. O diabo ele é tão sujo que aquele garoto era o garoto mais safado da minha escola e eu não enxergava isso, eu fiquei cega para tudo de errado que ele fazia para prestar atenção na lábia dele, só que o diabo ele te da o que você quer e ele puxa o seu tapete no mesmo instante que ele ganha o que queria de você. Eu não fui mais a mesma depois que fiquei com esse menino, eu me senti suja e impura mas não sabia como contar para o pastor e muito menos para os meus pais sobre o que havia acontecido, eu dormia com a consciência pesada todos os dias, eu poderia passar o dia orando que o peso não saia, eu chorava quando olhava pro meu uniforme, até que teve um dia que eu não aguentei mais aquela aflição e decidi contar para o pastor. Lembro que foi numa quinta feira e nesse dia eu tinha combinado com minha amiga da gente fazer um recurso na EBI e ela notou que não estava bem e quando ela perguntou eu não aguentei e comecei a chorar, ela me abraçou e disse que iria ficar tudo bem que Deus já havia me perdoado pela minha sinceridade, assim que o pastor chegou na igreja fui conversar com ele e eu chorei como criança, ele disse que eu iria ficar de banco até segunda ordem e que isso era pra mim crescer e aprender. Naquele mesmo dia o pastor fez reunião com todos os grupos e eu chorei a reunião do começo ao fim e quando acabou fui em lagrimas para os meus pais que não estavam entendo nada, eu contei para eles e eles ficaram decepcionados, com a ajuda do pastor e da esposa dele consegui contar tudo para os meus pais.

Eu fiquei mais um menos um mês e meio de banco, ao mesmo tempo que eu sentia um alivio de colocar aquele peso para fora eu sentia tristeza por ter decepcionado a Deus, eu orava todos os dias chorando e dizia para Deus que eu podia perder tudo menos o Espirito Dele, eu clamava pedindo para Deus não aparta de mim o Espirito Dele, assim como Davi fez quando errou. Lembro de uma frase que minha mãe me disse que eu nunca mais me esqueci “O banco pode tanto te levantar de vez, como te derrubar de vez, depende de como você vê”, depois que ouvi isso eu vi no banco a oportunidade de crescer com Deus, de voltar a fazer muito mais pra Ele porque quando eu voltasse a colocar o uniforme não queria ser mais aquela obreira de antes e sim diferente. Lutei, busquei, paguei um preço alto por aquilo que tinha feito mas voltei a colocar o meu uniforme e hoje eu dou um valor enorme não para o uniforme mas para a unção que tem Nele, dou valor a oportunidade que Deus me deu de viver, de poder servi-Lo, de poder sorrir hoje.

Eu quero mostrar com essa parte do meu testemunho que não interessa o que você fez, seja sincera para reconhecer e confessar seu erro, não ligue para o que vão pensar porque no julgamento será você e Deus e ninguém vai poder interferir para que você seja salva ou não.

Eu espero que meu testemunho tenha ajudado você que está lendo.

Um beijo enorme ❤

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